
LER, MEDITAR E SEGUIR O CATECISMO DA
IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA

O Divino
Espírito Santo.
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Disse o saudoso Papa João Paulo II: “...nessa
ocasião, os padres sinodais afirmaram: “Muitíssimos
expressaram o desejo de que seja composto um Catecismo ou
compêndio de toda a doutrina Católica, tanto em matéria de
fé como de moral, para que ele seja como um ponto de
referência para os Catecismos ou compêndios que venham a ser
preparados nas diversas regiões. A apresentação da doutrina
deve ser bíblica e litúrgica, oferecendo ao mesmo tempo uma
doutrina sã e adaptada a vida atual dos cristãos”.
Depois do encerramento do sínodo, fiz meu este desejo,
considerando que ele “corresponde à verdadeira necessidade
da Igreja universal e das Igrejas particulares”.
Como não havemos de agradecer de todo o coração ao
Senhor, neste dia em que podemos oferecer a toda a Igreja,
com o título de “Catecismo da Igreja Católica”, este texto
de referência para uma catequese renovada nas fontes vivas
da fé.
Mais adiante continua João Paulo II: “O
Catecismo da Igreja Católica é fruto de uma vastíssima
colaboração: foi elaborado em seis anos de intenso trabalho,
conduzido num espírito de atenta abertura e com apaixonado
ardor”.
Em 1986, confiei a uma Comissão de doze Cardeais e
Bispos, presidida pelo senhor Cardeal Joseph Ratzinger
- (hoje Papa Bento XVI), o encargo de preparar um
projeto para o Catecismo requerido pelos padres do Sínodo.
Uma Comissão de redação, composta por sete Bispos
diocesanos, peritos em teologia e em catequese, ajudou a
Comissão no seu trabalho.
A Comissão encarregada de dar as diretrizes e de
vigiar sobre o desenvolvimento dos trabalhos, seguiu
atentamente todas as etapas da redação das nove sucessivas
composições. A Comissão de redação, por seu lado, assumiu a
responsabilidade de escrever o texto e lhe inserir as
modificações pedidas pela Comissão e de examinar as
observações de numerosos teólogos, exegetas, catequistas e,
sobretudo dos Bispos do mundo inteiro, a fim de melhorar o
texto. A Comissão foi sede de intercâmbios frutuosos e
enriquecedores, para assegurar a unidade e a homogeneidade
do texto.
O projeto tornou-se objeto de vasta consultação de
todos os Bispos católicos, das suas conferências Episcopais
ou dos seus sínodos, dos Institutos de teologia e de
catequética. No seu conjunto, ele teve um acolhimento
amplamente favorável da parte do episcopado. É justo afirmar
que este Catecismo é o fruto de uma colaboração de todo o
episcopado da Igreja Católica, o qual acolheu com
generosidade o meu convite a assumir a própria parte de
responsabilidade numa iniciativa que diz respeito,
intimamente à vida eclesial. Tal resposta suscita em mim um
profundo sentimento de alegria, porque o concurso de tantas
vozes exprime verdadeiramente aquela a que se pode chamar a
sinfonia da fé. A realização deste Catecismo reflete, deste
modo, a natureza colegial do episcopado: testemunha a
catolicidade da Igreja.
Um Catecismo deve apresentar, com fidelidade e de
modo orgânico, o ensinamento da Sagrada Escritura, da
Tradição viva na Igreja e do Magistério autentico, bem como
a herança espiritual dos padres dos santos e das santas da
Igreja, para permitir conhecer melhor o mistério cristão e
reavivar a fé do povo de Deus. Deve ter em conta as
explicações da doutrina que, no decurso dos tempos, o
Espírito Santo sugeriu a Igreja.
É também necessário que ajude a iluminar com a luz
da fé, as novas situações e os problemas que ainda não
tinham surgido no passado.
O Catecismo incluirá, portanto, coisas novas
e velhas (cf. Mt. 13,52), porque a fé é sempre a mesma e
simultaneamente é fonte de luzes e sempre novas.
Para responder a esta dupla exigência o Catecismo
da Igreja Católica por um lado retoma a antiga ordem, a
tradicional, já seguida pelo Catecismo de São Pio V,
articulando o conteúdo em quatro partes: o Credo, a
Sagrada Liturgia, com os Sacramentos em primeiro plano, o
agir cristão, exposto a partir dos mandamentos, e por fim a
oração cristã. Mas, ao mesmo tempo, o conteúdo é com
freqüência expresso de um modo novo, para responder as
interrogações da nossa época.
As quatro partes estão ligadas entre si: o
mistério cristão é o objeto da fé (primeira parte); é
celebrado e comunicado nos atos litúrgicos (segunda parte);
está presente para iluminar e amparar os filhos de Deus no
seu agir (terceira parte); funda a nossa oração, cuja
expressão privilegiada é o Pai Nosso, e constitui o objeto
da nossa súplica, do nosso louvor e da nossa intercessão
(quarta parte).
A liturgia é ela própria oração; a confissão
da fé encontra o seu justo lugar na celebração do culto. A
graça, fruto dos sacramentos é a condição insubstituível do
agir cristão, tal como a participação na liturgia da Igreja
requer a fé. Se a fé não se desenvolve nas obras, essa está
morta (cf. Tg 2,14-16) e não pode dar frutos de vida eterna.
Lendo o Catecismo da Igreja Católica, pode-se
captar a maravilhosa unidade do mistério de Deus, do seu
desígnio de salvação, bem como a centralidade de Jesus
Cristo, o Filho Unigênito de Deus, enviado pelo Pai, feio
homem no seio da Santíssima Virgem Maria por obra do
Espírito Santo, para ser o nosso Salvador. Morto e
ressuscitado, Ele está sempre presente na sua Igreja,
particularmente nos Sacramentos; Ele é a fonte da fé, o
modelo de agir cristão e o Mestre da nossa oração.
O Catecismo da Igreja Católica, que
aprovei no passado dia 25 de junho e cuja publicação hoje
ordeno em virtude da autoridade Apostólica, é uma
exposição da fé da Igreja e da doutrina Católica,
testemunhadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, pela
Tradição Apostólica e pelo Magistério da Igreja. Vejo-o como
um instrumento válido e legitimo a serviço da comunhão
eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé.
Sirva ele para a renovação, a qual o Espírito Santo chama
incessantemente a Igreja de Deus, Corpo de Cristo, peregrina
rumo a luz sem sombras do Reino.
A aprovação e a publicação do Catecismo da Igreja
Católica constituem um serviço que o sucessor de Pedro que
prestar a Santa Igreja Católica, a todas as igrejas
particulares em paz e em comunhão com a Sé Apostólica de
Roma: o serviço de sustentar e confirmar a fé de todos os
discípulos dos Senhor Jesus (cf. Lc. 22,32), como também de
reforçar os laços da unidade na mesma fé Apostólica.
Peço, portanto, aos Pastores da Igreja e aos fieis
que acolham este Catecismo em espírito de comunhão, e que o
usem assiduamente ao cumprirem a sua missão de anunciar a fé
e de apelar para a vida evangélica. Este Catecismo lhes é
dado a fim de que sirva como texto de referência, seguro e
autêntico, para o ensino da doutrina Católica, e de modo
muito particular para a elaboração dos Catecismos locais. É
também oferecido a todos os fieis que desejam aprofundar o
conhecimento das riquezas inexoráveis da salvação (cf. Jô.
8,32). ...O Catecismo da Igreja Católica, por fim, é
oferecido a todo o homem que nos pergunte a razão da nossa
esperança (cf. 1Pd, 3,15) e queira conhecer aquilo em que a
Igreja Católica crê.
...No final deste documento que apresenta o
Catecismo da Igreja Católica, peço a Santíssima Virgem
Maria, Mãe do Verbo Encarnado e Mãe da Igreja, que ampare
com a sua poderosa intercessão o empenho catequético da
Igreja inteira a todos os níveis nestes tempos em que ela é
chamada a um novo esforço de evangelização. Possa a luz da
verdadeira fé libertar a humanidade da ignorância e da
escravidão do pecado, para a conduzir a única liberdade
digna deste nome (cf. Jô. 8,32): a da vida em Jesus Cristo
sob a guia do Espírito Santo, na terra e no reino dos céus
na plenitude da bem-aventurança da visão de Deus face a face
(cf 1 Cor. 13,12; 2 Cor. 5,6-8).
Em
11/10/1992
Joannes Paulus PPII
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